Entrevista com uma advogada de Campos

Entrevista com uma advogada
Entrevista com uma advogada de Campos é o tema do post de hoje.

Dra. Natália Patrão Boeschenstein – Advogada

Perfil:
– Qual a sua formação profissional? Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Campos e pós-graduanda, com especialização em Penal e Processo Penal.

Atualmente faço parte do escritório jurídico Ferreira&Patrão Boeschenstein Advocacia, atuante com ampla assessoria jurídica em diversas áreas do Direito. Somos uma equipe legal, na forma mais abrangente da palavra.

Sobre a sua atuação profissional:

Então, atuo na área criminal. Nunca existiu outra advocacia para mim. Meu coração pulsa, amo o que eu faço. Genuinamente.

Por isso é desafiador e gratificante ao mesmo tempo. Desafiador por ser uma área com diversos abusos (principalmente processuais) e lutas diárias. Mas, gratificante por me permitir transformar histórias através do meu trabalho e conhecimento.

– Qual foi o momento que escolheu o Direito? Na verdade, eu nunca escolhi. Fui escolhida. A ideia de acreditar no DIREITO como melhor forma para a convivência humana, da justiça como meio de combater a violência e de socorrer os que dela precisam sempre foi muito latente em mim.

Certamente que, por ter uma mãe influente na advocacia, me fez enxergar, desde muito novinha, o quão desafiador e cheio de oportunidades o Direito poderia ser.

Faço minhas as palavras do jurista Evandro Lins e Silva, “Tenho o vício de defesa da liberdade”, e estou aprisionada de forma visceral a esse ministério em busca da verdade e da justiça.

Tem arrependimento de algo?

– Se arrepende de algo ou faria tudo da mesma forma? Definitivamente, não. Não me arrependo de nada. Somos construções de erros e acertos. E agora me reporto, imediatamente, às palavras de Simone de Beauvoir, “ao meu passado, eu devo o meu saber e a minha ignorância, as minhas necessidades, as minhas relações e a minha cultura. ”

– Quais as vantagens e desvantagens de ser advogado? As desvantagens certamente são enfrentar face a face, no nosso dia a dia, a realidade das desigualdades sociais, que assolam cada vez mais a população como um todo, principalmente aqueles mais vulneráveis.

Em contrapartida, ser advogado é ter em mãos uma ferramenta que pode atenuar o sofrimento e as distorções do sistema, que atingem os mais necessitados. É poder levantar a minha voz, não para que eu possa gritar, mas para que aqueles sem voz possam ser ouvidos.

– Como anda o mercado de trabalho para o advogado? O mercado de trabalho para quem faz Direito é forte e a demanda tem sido cada vez mais progressiva, principalmente para aqueles que trilham o caminho de maneira dedicada e individualizada, na busca sempre por humanização nos julgamentos, onde humildemente me incluo.

A advocacia humanizada sempre será contramajoritária, inovadora e transformadora de destinos. Quando se faz o que ama, o sucesso é consequência e tudo flui de forma abundante.

Em suma, quem é Natália?

Uma pessoa simples, em busca sempre de novos desafios. Com toda a certeza sou grata pela minha família e toda a segurança emocional e afeto que ela me proporcionou.

– Fale sobre a sua família. Não tenho filho gerado do meu ventre, mas tenho um filho gerado no coração, meu sobrinho Pietro Patrão, que me faz virar criança de novo.

Tenho família como norte na minha vida. Sou filha de Ralff e Ana Helena Patrão Boeschenstein. Costumamos brincar dizendo que somos literalmente uma família legal, em todos os sentidos, pois todos somos bacharéis em Direito.

Bate-bola:

– Ainda te assusta – o egoísmo. “A maior ignorância é o resultado direto de apatia; as pessoas
não sabem porque elas não se importam em saber. ”
– Vencedora – Kíssila Amaral, a quem eu admiro profundamente.
– Maior mentira que já ouviu – que você se acostuma com a saudade.
– Ser advogada é… dar voz para que aqueles sem voz possam ser ouvidos.
– Mulher elegante – Minha avó, Valdéa Patrão
– Homem inteligente – Meu avô, Fernando Patrão.
– Seu maior defeito – mudança de humor/orgulho
– Esporte que não praticaria – boxe
– Mudaria em você – certamente a minha ansiedade
– Se arrepende de algo – de não ter abraçado mais o meu avô, Fernando. Todos abraços ainda
foram poucos.
– Palavra preferida – imaginar

Não bebe:

Água com gás e whisky
– Estilo de música – sou bem eclética, mas meu coração vibra mais alto com um bom MPB e
um Rock clássico.
– Sucesso é… a soma de pequenos esforços repetidos dia após dia. É saber que “chegou lá”
sem passar por cima de ninguém.
– Não pode faltar na bolsa – celular
– Outra profissão que gostaria de ter – Na verdade não me vejo em outra, senão sendo
Advogada. Mas a arquitetura me atrai olhares.
– Amigo (a) inseparável – Minha mãe, Ana Helena Patrão

Detestável:

A desigualdade social
– Campos – Raízes
– Saudades – Meus avós e a minha infância
– Não acredita mais – em político (lógico que sempre há exceções, infelizmente na sua minoria)
– Jamais faria – passar por cima de princípios.
– Religião – só o caminho
– Deus – princípio/base/vida

Por fim, deixe uma mensagem:
Estamos tão preocupados com o que queremos ter, que esquecemos de agradecer o que já
temos.

Diga o que sente, faça o que lhe dá alegria. Esqueça as frases feitas, os preconceitos e
evite interferir nas ideias alheias. Que sejamos – simplesmente – gente que a gente possa
admirar. E amar.

Então, o que acharam da e entrevista de hoje?

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Sobre Vânia Carvalho

 ​ Campista, Comunicadora e mãe de Bianca e Bruno. Como comunicadora social com habilitação em Relações Públicas, atuando como colunista do Jornal Folha da Manhã

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