Entrevista com o médico reumatologista Leonardo Manhães

O meu entrevistado de hoje na Folha Estilo especial é o médico reumatologista Leonardo Manhães.

​Dr. Leonardo Manhães – Médico Reumatologista

O quê o reumatologista trata?
Trata de dor em todo o aparelho locomotor, desde que não seja cirúrgico, então ele é considerado o clínico das articulações, trata de qualquer patologia do músculo, dos tendões e das cartilagens, é o clínico do aparelho locomotor.

E quando é o momento de procurar o reumatologista?
Quando você estiver sentindo qualquer dor no músculo ou na coluna ou no joelho (nas articulações), então é o momento de procurar o reumatologista.

Então não é preciso de um encaminhamento, de uma indicação de um outro especialista; eu sentindo dor no aparelho locomotor eu posso ir direto ao reumatologista?
Você pode procurar de forma espontânea ou você pode procurar encaminhada por outros colegas; é muito comum recebermos pacientes encaminhados por vários profissionais.

De toda a parte clínica a gente recebe pacientes, até mesmo da parte cirúrgica. Até mesmo de ortopedistas. O Ortopedista é um cirurgião do aparelho locomotor, então, se tiver que operar vai no ortopedista, se não for caso cirúrgico, o mais comum se tratar com o reumatologista.

Sobre o formato de atendimento:

Mudamos os parâmetros de agendamento das consultas; estamos com espaçamento entre consultas de forma a evitar que os pacientes se concentrem em um mesmo espaço de espera, sem que haja acumulação ou situação de espera fora das recomendações de distanciamento, então, mudou mas não afetou a rotina de quem se trata ou de quem está procurando tratamento no nosso consultório.

Fazemos a verificação de temperatura e a oximetria já na chegada, e fazemos o manejo técnico dos pacientes, inclusive com uso de máscaras e do álcool em gel, além de não dar oportunidade de proximidade ou interação entre eles.

Sua visão sobre a Covid19:

O vírus mudou o perfil de contágio, que está mais domiciliar, porque a população mais jovem está se aglomerando muito; vejo que, tendo sido feito isolamento por muito tempo, este público já não está aguentando mais; a gente ainda pega um período de verão, mais quente, onde todo mundo que estar na praia, quer estar ao ar livre, e o jovem gosta de aglomeração, não usa a máscara da forma como deveria ser usada, tem muito contato físico com o outro, muitas das vezes fica assintomático, mas transmissor, levando, assim, o contágio para o espaço familiar.

Vimos um período no qual a pandemia cedeu, em função do cumprimento das regras, e se desmontou a estrutura de atendimento, então hoje estamos tendo muita dificuldade em atender, sem falar que os profissionais que estão na linha de frente há muito tempo já estão exaustos.

Então hoje o cenário é de urgência em uma vacina e de consciência em não aglomerar, usar máscaras e ter higiene com as mãos. É uma questão de higiene básica bem feita. É uma doença que pode ser prevenida com medidas práticas e eficazes, e que não dão muito trabalho.

Sobre os cuidados:

Vale observar que, mesmo com a vacinação, vamos ter que usar máscaras por muito tempo, até mesmo no ambiente familiar, em uma eventual situação de contato com jovens, visitas…

As pessoas que se envolveram em situações de risco, que tenham prevenção extrema, inclusive deixando de ir à casa de parentes em situação de vulnerabilidade.

É uma questão de pensar no próximo, de pensar naquela pessoa da qual tanto se gosta e que, sem perceber, pode ser contaminada e o pior vir a acontecer.

E há ainda que se esclarecer que temos visto a doença agravar-se em jovens também.

Mensagem de otimismo:

Para os leitores da Folha Estilo, digo que devemos interpretar esta pandemia como uma lição, enquanto sociedade, enquanto ser humano, e acredito que depois dessa pandemia a gente vai ser mais humano, mais preocupado com o coletivo, mais responsável não só com a própria vida mas com a vida do próximo.

Sairemos mais capazes de prestar atenção às coisas simples da vida, e acredito que 2021 vai terminar muito melhor que 2020, porque vai ficar um aprendizado muito grande, de uma pandemia que fez com que mudasse a vida de todo o mundo, e fez com que a gente refletisse e reconhecesse a importância das coisas mais simples da vida.

Designer: Eliabe de Souza

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Sobre Vânia Carvalho

 ​ Campista, Comunicadora e mãe de Bianca e Bruno. Como comunicadora social com habilitação em Relações Públicas, atuando como colunista do Jornal Folha da Manhã

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