Entrevista da semana na Folha Estilo


Wellington Cordeiro – Presidente da Associação de imprensa Campista e Coordenador de Comunicação da Fundação Benedito Pereira Nunes, Jornalista e Fotógrafo

Perfil:

– Fale sobre a sua formação profissional. Após realizar um curso técnico de fotografia, fui assistente em estúdio de fotografia, durante o serviço militar obrigatório, acabei virando fotógrafo da Base Aérea e Naval de São Pedro da Aldeia e, ao retornar para Campos, iniciei minha carreira como repórter fotográfico, inicialmente no Jornal A Notícia, passando em seguida pelas redações do A Cidade, Folha da Manhã e Monitor Campista.

Conquistei o registro profissional do Ministério do Trabalho como repórter fotográfico e jornalista e, também, fui proprietário de um jornal alternativo na área de Cultura, o Jornal O Arauto.

Atuando na área de Produção Cultural, desde 2007, com diversos projetos realizados para muitas entidades, como destacadamente o SESC Campos, senti necessidade de me qualificar nesta área e fiz Graduação Superior em Artes Visuais no Centro Universitário Fluminense – UNIFLU.

– Quando teve o primeiro contato com a fotografia? Na minha juventude não gostava de posar para fotografia e, por isso, acabava sempre optando por assumir o papel de fotógrafo, principalmente nas festas em casa e em viagens em família.

Em 1988 fui aceito, apesar da pouca idade – 16 anos, no Curso de Fotografia no Senac de Campos dos Goytacazes, tendo como professor o fotógrafo Rodolfo Lins.

–  Qual área ou gênero da fotografia você mais se identifica? O Fotojornalismo e a fotografia documental sempre foram presentes no meu trabalho. Muito por minhas influências na fotografia que foram o brasileiro Sebastião Salgado e o francês Henri Cartier-Bresson.

Essas referências me lavaram a produzir um vasto trabalho em preto e branco, culminando no livro de fotografia que publiquei em 2004, intitulado Impressões, composto unicamente por fotos monocromáticas.

– O que considera mais importante para ser um bom fotógrafo? Possuir algumas características, como olhar apurado, senso estético, sensibilidade aguçada e conhecimento cultural; todo esse conjunto prioritário, para além do melhor equipamento fotográfico.

– Já esteve em alguma situação embaraçosa ou engraçada por conta da fotografia? Destacaria uma que me marcou pelo risco, quando, em 2008, numa viagem à Angola, na África, quase fui preso pela polícia do exército Angolano, por estar fotografando numa comunidade próxima a Reserva Ecológica de Kissama, sem a permissão oficial do Governo.

O grupo no qual fazia parte foi salvo porque tínhamos levado algumas camisas da seleção brasileira e presenteamos o chefe do destacamento policial, que ficou feliz e nos liberou para continuar nossa pesquisa.

– Quem é Wellington? Um sujeito multifacetado e um produtor inquieto, que não consegue ficar sem estar criando alguma atividade ou projeto. Assim consegui produzir tantos projetos culturais e participar de tantos outros.

O voluntariado é outra marca minha. Atualmente sou o presidente da Associação de imprensa Campista e faço parte do Instituto Histórico e Geográfico de Campos dos Goytacazes, do Conselho Curador da Fundação Benedito Pereira Nunes, do Conselho Curador da Fundação Cultural de Campos, do Clube do Vinil de Campos e encerrei recentemente minha gestão no Conselho Municipal de Cultura e Conselho Estadual de Políticas Culturais/RJ.

– Fale sobre sua família. Minha mãe é minha grande heroína, a Dona Marlene. Hoje, aos 72 anos, é feliz por ter criado cinco filhos, mesmo com tamanho sacrifício.

Tenho um único filho, do primeiro matrimônio, o Leonardo, que hoje, aos 20 anos, é o meu orgulho, cursando o quinto período do Curso de Graduação em Medicina. Me casei novamente no ano de 2016 com Andréa Vasconcelos Manhães, numa linda cerimônia à beira da Lagoa de Cima.

– O que faz nas horas vagas? Procuro alguma coisa pra fazer. Amo a música, por isso sou dono de uma coleção de dois mil e trezentos discos de vinil. Aliás, sou um guardador de coisas.

Coleciono equipamentos antigos, moedas, filmes de terror (VHS), revistas e muitos outros materiais que para muitos são descartáveis. Quando a estafa dos compromissos aperta, nenhum lugar no mundo é mais reconfortante do que admirar o pôr do sol na Lagoa de Cima.

Bate-bola:

– Fotógrafo que admira: dois: Sebastião Salgado e Henri Cartier-Bresson.
– Não gosta: falsidade.
– Não acredita: promessas vazias.
– Música preferida: A Flor e o Espinho (Nelson Cavaquinho)
– Dia ou noite: noite
– O que te irrita: radicalismo
– Amizade sincera: muitas; meu porto seguro.
– Animal que gostaria de ter: coruja.
– Mania chata: ser “expulso” dos botecos que gosto de frequentar.
– Momento atual: resiliência com a realidade brasileira.
– Merece aplausos: a solidariedade humana e o fazer artístico.
– Viagem por fazer: duas: Uruguai e África do Sul
– Time: Flamengo
– Não bebe: refrigerante
– Pretende fazer este ano: muitos projetos, com destaque para o Festival Doces Palavras no mês de novembro.
– Te assusta: a maldade.
– Futuro: acontecerá.
– Religião: Não tenho
– Deus: não acredito
– Deixe uma mensagem: Não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez (atribuída ao cineasta francês Jean Maurice Eugène Cocteau).

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Sobre Vânia Carvalho

 ​ Campista, Comunicadora e mãe de Bianca e Bruno. Como comunicadora social com habilitação em Relações Públicas, atuando como colunista do Jornal Folha da Manhã

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